segunda-feira, 15 de julho de 2013

ENCONTROS METROPOLITANOS DE EPILEPSIA I ENCONTRO EM VESPASIANO – MG

Data: 14 de setembro de 2013
Horário: 8h30 ÀS 13 horas
Local: Escola Estadual Machado de Assis – Vespasiano – MG
Contatos: (31) 3622-8140 / 9718-4508
Programação do encontro: clique aqui
Inscrições: clique aqui


O preconceito é um dos maiores problemas que acompanha as pessoas com epilepsia desde os primórdios da história da humanidade. Ainda hoje, uma significativa parcela da sociedade entende a epilepsia como um mal associado a causas sobrenaturais ou problema de insanidade mental. Embora seja um problema físico (neurológico), por incompreensão ou pela perpetuação de falsas crenças, muitas pessoas com epilepsia são marginalizadas. O convívio escolar é uma circunstância particularmente delicada para pacientes, especialmente crianças. Pode ocorrer baixa expectativa de professores e rejeição dos colegas, fatores que contribuem negativamente para o aprendizado. 

No campo do trabalho, a situação também é grave. Um estudo feito pela ASPE-Brasil - Assistência à Saúde de Pacientes com Epilepsia, mostra que 50% a 60% dos pacientes escondem sua condição ao procurar uma colocação no mercado profissional, pois a maioria dos empregadores considera arriscado contratar trabalhadores com epilepsia. Entretanto, segundo o mesmo estudo, os índices de faltas por doenças e de acidentes de trabalho são equivalentes ao dos demais empregados.

A epilepsia é uma doença não contagiosa, caracterizada por crises epilépticas repetidas. Ela se manifesta em indivíduos de todas as idades, sendo mais frequente entre crianças e idosos, por serem mais vulneráveis a infecções, acidentes e doenças, cujas complicações podem causar crises epilépticas. Somente uma pequena parte das epilepsias tem componente hereditário. A maior parte das epilepsias são adquiridas.

O tratamento da epilepsia é feito, essencialmente, com medicação para o controle das crises – 70% dos casos de epilepsia podem ser tratados e controlados com medicamentos de baixo custo, que são distribuídos gratuitamente em toda a rede do SUS e que são denominados de primeira linha: fenobarbital, fenitoína, carbamazepina e ácido valpróico. Cerca de 30% dos pacientes não obtém controle das crises com os medicamentos de primeira linha e é necessário o uso de medicamentos de segunda linha: lamotrigina, vigabatrina, gabapentina e topiramato, que são distribuídos gratuitamente pela Secretaria Estadual de Saúde de Minas Gerais. Pessoas em uso de medicação antiepiléptica não podem interromper o tratamento, sob pena de voltarem a apresentar crises, mais frequentes e mais graves. 

Se o uso de medicamentos não proporcionar controle satisfatório da doença, outra opção de tratamento é a cirurgia. O procedimento cirúrgico pode levar à cura, ao controle das crises ou à diminuição da frequência e intensidade das mesmas.  Em alguns casos, o uso de medicamentos pode ser suspenso depois de alguns anos de uso regular e contínuo, contrariando a idéia de que a pessoa com epilepsia deve fazer uso de medicamentos por toda vida.  Assim, a interrupção do fornecimento dos medicamentos pelas Secretarias de Saúde de traz consequências dramáticas - altos custos pessoais para o usuário e familiares e altos custos financeiros para o poder público. 

A entidade nacional representativa dos pacientes – EPIBRASIL – Federação Brasileira de Epilepsia tem atuado junto ao poder público, especialmente junto ao Ministério da Saúde no sentido de melhorar o atendimento às pessoas com epilepsia na rede pública de saúde.

Para saber mais sobre epilepsia, sobre tratamentos e sobre as ações políticas que estão sendo realizadas junto ao Ministério da Saúde, estamos convidando para participar dos ENCONTROS METROPOLITANOS DE EPILEPSIA, Serão realizados 3 encontros, dividindo as cidades da região metropolitana de Belo Horizonte em três grupos. 

O I ENCONTRO será sediado em Vespasiano e serão oficialmente convidadas a participar as seguintes cidades: Vespasiano, São José da Lapa, Confins, Lagoa Santa, Pedro Leopoldo, Matozinhos, Baldim, Jaboticatubas, Capim Branco e Santa Luzia. Entretanto, o evento é aberto a todos os interessados, de todas as cidades.

Serão fornecidos certificados aos participantes.

Maria Carolina Doretto
Presidente da EPIBRASIL – Federação Brasileira de Epilepsia
Contatos: 31- 3622-8140 / 9718-4508